Brasil é apontado como o 7º país mais perigoso do mundo em 2025, diz ONG internacional.
- George Medeiros
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Por George Medeiros
Brasília, 13 de dezembro de 2025
O Brasil aparece, mais uma vez, entre os países com os níveis de violência mais intensos do planeta em 2025. Segundo o Índice de Conflitos Global elaborado pela organização não governamental Acled (Armed Conflict Location & Event Data Project), o país ocupa a sétima posição no ranking dos territórios mais perigosos do mundo — uma lista que inclui países em guerra e com forte presença de grupos armados.
Ranking global da violência
O levantamento divulgado nesta sexta-feira coloca o Brasil atrás de países marcados por conflitos prolongados ou crises de segurança profundas. A lista dos 10 mais perigosos em 2025 ficou assim:
1. Palestina
2. Mianmar
3. Síria
4. México
5. Nigéria
6. Equador
7. Brasil
8. Haiti
9. Sudão
10. Paquistão
Esse resultado coloca o Brasil ao lado de países afetados por guerras civis e conflitos armados, fato que acendeu alertas sobre a evolução da violência interna e sua comparação com situações de conflito internacionais.
Por que o Brasil aparece no ranking?
A Acled baseia sua análise em quatro indicadores principais:
Letalidade da violência — número de mortes em eventos violentos
Perigo direto para civis
Difusão geográfica da violência no território
Número de grupos armados ativos
No caso brasileiro, o estudo aponta para a ação contínua de facções criminosas que disputam o controle de territórios urbanos, associada a confrontos entre grupos armados e forças de segurança. Esses fatores contribuem para manter o país em posição elevada no ranking, apesar de não estar em conflito formal como em outras nações do topo da lista.
Comparação com 2024
Em relação ao ano anterior, o Brasil caiu uma posição no ranking: em 2024 ocupava o 6º lugar, apresentando uma leve melhora relativa apenas porque outros países, como o Equador, registraram aumentos significativos nos níveis de violência.
Contexto regional e internacional
O resultado reflete uma tendência maior na América Latina, onde vários países enfrentam altos níveis de violência. México, Equador e Haiti também aparecem no top 10, destacando desafios compartilhados em segurança pública e combate ao crime organizado.
Analistas que acompanham o estudo da Acled ressaltam que o simples aumento de presença militar ou policial nas ruas pode reduzir episódios violentos no curto prazo, mas não resolve causas estruturais profundas, como desigualdade social, tráfico de drogas e fragilidade institucional.
Repercussão no debate público
A entrada do Brasil no ranking reacende debates no país sobre políticas de segurança pública, eficácia de operações policiais e a necessidade de investimentos em medidas de prevenção à violência. Governos estaduais e federais ainda não se manifestaram oficialmente sobre o índice deste ano, mas a questão promete entrar na pauta de discussões políticas e sociais nos próximos meses.
O que significa para a sociedade brasileira
Especialistas afirmam que índices como o da Acled não traduzem apenas números, mas refletem situações vividas cotidianamente por milhões de brasileiros: desde áreas urbanas dominadas por grupos armados até regiões com altos índices de homicídios, roubos e conflitos entre forças de segurança e organizações criminosas.
O posicionamento do Brasil no ranking mundial serve como alerta para a necessidade de abordagens mais eficazes e integradas em políticas de segurança, que considerem tanto a repressão ao crime quanto estratégias sociais de longo prazo.



